Testemunha ocular apresenta nova versão do crime entre delegado e namorada.

O vizinho que ajudou a socorrer o delegado Paulo Bilynskyj, 33 anos, supostamente baleado pela namorada Priscila Delgado, 27 anos, identificado como Arthur Amâncio Prata, afirmou a polícia que não ouviu tiros, depois que o homem saiu do apartamento ferido e bateu em sua porta pedindo ajuda.

Bilynsk teria dito aos policiais chamados pelo vizinho, que a namorada atirou contra ele seis vezes e que conseguiu fugir para pedir socorro, enquanto Priscila tinha permanecido armada no local.
Mas quando o agente chegou ao local, encontrou a jovem de 27 anos no banheiro com um tiro na lateral do corpo na altura do peito. Ela estava agonizando e ainda foi socorrida, mas morreu a caminho do hospital.

Paulo afirmou que após tentar matá-lo, ela teria atirado contra si mesma, mas o vizinho afirma que não ouviu os disparos, que supostamente teriam acontecido quando o delegado já estava pedindo ajuda do lado de fora do apartamento.

Prata explicou ainda que ouviu apenas cinco disparos sequenciais e os demais foram dados com certa pausa entre um e outro. A polícia também estranha a versão, principalmente pela forma incomum como a moça hipoteticamente teria tirado a própria vida, com o tiro na lateral do corpo.

Outro fato que chama a atenção é que Priscila fazia curso de tiro e dominava a técnica, mesmo assim, teria errado os tiros no namorado que estava bem próximo dela. A Polícia Civil segue investigando os detalhes do caso, e não descarta a linha de feminicídio.

O crime ocorreu em São Bernardo do Campo, São Paulo.

Seis armas foram encontradas no apartamento de Paulo e apenas uma delas pertencia a Polícia Civil.